As Imigrações Italiana
32% das imigrações no Brasil entre 1880 e 1960, foram de italianos, em total 1.507.695.
A imigração italiana no Brasil foi intensa, tendo como ápice a faixa de tempo entre os anos de 1880 e 1930. A maior parte dos Imigrantes Italianos foram para São Paulo e região sul.
São Paulo tornou-se o maior pólo receptor de italianos, que inicialmente se encaminharam para as zonas cafeicultoras do interior. Em pouco tempo, entretanto, acabaram por migrar para a capital, vindo a se constituir uma importante mão de obra para a indústria que então se iniciava na cidade.
Os italianos influenciaram muito na cultura, arquitetura, música e até na forma do paulistano falar.
Os Ghirlandi e Baldan
Em nossa família, em Janeiro de 1897 Carlo e Angela Guirlanda grávida, navegaram rumo ao Brasil com sua filha Ugolina, junto com seus pais e os irmãos mais velhos de Carlo (Rosa e Angelo), todos italianos da região do Venetto, e no caminho Angela deu a luz a bordo à Marino Guirlanda. Chegaram no Brasil em 27/02/1897 na hospedaria de Juiz de Fora, em Minas Gerais, estabelecendo-se posteriormente na região de São João Nepomuceno.
Pouco mais de 1 ano depois, em 1899, nasceu seu 1º filho brasileiro, em Minas Gerais, Heitor Ghirlanda, com ascendência direta em nossa genealogia.
O irmão mais novo do Heitor, Antenor Ghirlanda (o último entre cerca de 12), também nascido no Brasil, foi o primeiro "pracinha" da tropa brasileira a falecer em combate na IIª Guerra Mundial, (Veja detalhes completos aqui).
Em sua adolescência, Heitor conheceu Rosa Baldan, filha também de italianos da região do Venetto, e nascida em Campinas, cujas famílias já se conheciam, e casaram em 1919, radicando-se no bairro da Casa Verde, em São Paulo, na rua que tomou o nome de Antenor Guirlanda, onde viveram até o fim de suas vidas.
De seu filho único Carlos, nascido em 1922, herdaram 2 netas e 5 bisnetos.
Os Ghirlanda são originalmente de Lunigiana, Norte da Itália, enfatizando-se presença na Ligúria e no Vêneto. A bibliografia desta família é mencionado pelo Marchese Vittorio Spreti, em sua Enciclopédia histórico-italiano Noble impresso em Milão em 1936.
Brasão dos Guirlanda
Membro famoso da família, foi Agostinho que nasceu no século XVIII em Massa, ele era um pintor talentoso. Na varanda ocidental de Pisa na primeira seção até as cadeias de porta pode admirar uma valiosa seu trabalho: História de Ester.
O Brasil é o 4º país com maior presença de Ghirlandas, registrando 79 pessoas. (1º: Itália, 907; 2º: Argentina, 284; e 3º: Suiça, 162).
Os Golini
Originário de Ripi, Frosione, na Itália, um vilarejo/município 100 km a sudeste de Roma, Mário Golini, alfaiate filho primigênito de Girolamo Golini e Isotta Viri, imigrou para o Brasil em Agosto/1952 com sua esposa, saindo de Roma no navio Castell Verde, rumo a Santos, indo residir em São Paulo.
Ripi, Frosinone, Itália
Meio ano após, em Maio/1953, a terceira filha Antonia Golini, também veio pra o Brasil a bordo do navio P. Toscanelli, rumo a Santos, e indo residir na rua Monte Alegre, 143, em São Caetano do Sul.
Sua filha Fernanda nascida em Roma, veio posteriormente em Outubro/1953, junto com sua tia e a segunda filha da família, Maria e seu marido, à bordo do navio Castell Verde, indo residir também em São Caetano do Sul, à Rua Goiás, 1024 onde seu marido já havia conseguido residência.
Antes destes, em Julho/1953, o filho caçula e ferreiro, Giorgio, imigrou a bordo do navio Castell Bianco indo residir na mesma cidade dos irmãos, à Rua Perela, 125. Os pais continuaram na Itália, e os filhos permaneceram definitivamente no Brasil.
Os Golini tem maior presença originária na Toscana e Lombárdia, ao Norte da Itália.
Estão inscritos na lista de famílias nobres de Bassano, formada em 1726 e aprovado pelo Senado veneziano por decreto em 5 de setembro do mesmo ano, ele foi confirmado na sua nobreza com suprema resolução em 21 de Setembro de 1821. Muitas famílias que pertenciam à nobreza veneziana, muitos destes eles eram de Verona, embora nem todos eles foram escritos ao já Nobile di Conselho Verona.
Brasil é o 3º país a possuir mais Golinis, registrando 270 pessoas. (1º: Itália, com 907; 2º: Estados Unidos, 292).
Brasão dos Golini