As Imigrações Espanholas

14% das imigrações no Brasil entre 1880 e 1960, foram de espanhóis, num total de 683.382.

Depois dos portugueses e italianos, é o terceiro maior contingente imigratório do Brasil. Fixando-se principalmente nos Sudeste e Rio Grande do Sul, iniciaram suas atividades em fazendas, mas acabaram por migrar para as cidades.

Os Santoyo e Blanco

Villahoz, Espanha

Villahoz, Burgos, Espanha

O sobrenome Santoyo da família, originou-se da imigração de Francisco Santoyo, Emiliana Manso e seus 4 filhos, Mônica, Luiz, Pablo e Segismundo, originários de Villahoz, Burgos, ao norte da Espanha.

Mônica, Luiz, Pablo e Segismundo Santoyo(clique na imagem para ver a Árvore)
Navio da Mala Real Inglesa

A primogênita Mônica o marido Emílio, e seu irmão Segismundo vieram antes com para o Brasil em 19/02/1909, em direção a Santos a bordo do navio a vapor da Mala Real Inglesa (Royal Mail Line).

Em 1911 o restante da família imigrou pelo navio Itali-Marselha, com destino ao Rio de Janeiro

Pedro, Maria e Josepha Blanco(clique na imagem para ver a Árvore)
Gaucin, Espanha
Gaucín, Málaga, Espanha

Nesta mesma viagem conheceram Pedro Blanco, sua esposa Maria, e seus 7 filhos, Rosália, Josepha, Maria, Anita, Engrácia,Francisco e Salvador, originários de Gaucín, em Málaga, na Andaluzia ao sul da Espanha.

Ao aportarem no Rio de Janeiro, foram direcionados à Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, onde ficaram de quarentena. Todos vieram ao Brasil em busca de melhores oportunidades de vida, na onda migratória que aconteceu nesta época na Europa, especialmente ao Brasil e Argentina.

Hospedaria das Flores
Hospedaria da Ilha das Flores, Rio de Janeiro, RJ

Pedro Blanco, veio com parte de sua família para São Paulo, morar na Móoca, e em seguida na Rua Caetano Pinto, no Brás, famosa por ser local de imigrantes italianos e espanhóis.

Porém, ele deixou sua família no Brasil, e foi para a Argentina, onde seu irmão Salvador havia migrado, mas preferindo o Brasil, logo em seguida voltou, levando sua família para Potirendaba, no interior de São Paulo perto de São José do Rio Preto, para trabalhar no campo, e depois de algum tempo, conseguiu trabalho no comércio da cidade.

R. Caetano Pinto, Brás, SP

Potirendaba, SP, 1940

Francisco Santoyo, erradicou-se com sua família para São Paulo, no bairro do Tatuapé, na Rua Viléla, 981. Sua esposa Emiliana, veio a falecer cedo, na epidemia da gripe espanhola no Brasil, no final de 1918.

Seu filho Luiz casou-se pouco mais tarde com a conhecida de viagem Josepha, já em São Paulo. Dizia-se jocosamente que Josepha havia se casado com quatro homens, já que foram morar juntos com os dois irmãos menores e o pai de Luiz.

Do casamento vieram 3 filhos, Luiz Filho, Emiliana e Nelson, resultando em 9 netos e 14 bisnetos.

Luiz Filho, Emiliana e Nelson Santoyo(clique na imagem para ver a Árvore)

A irmã mais velha, Mônica, teve 6 filhos, Odete, Ermelinda, João (Guanito), Carmen, Francisco (Paquito), e Anésia, que descenderam o sobrenome Lasso de La Vega, gerando destes 14 netos.

Seu irmão Pablo, teve 3 filhos, Paulo, Plínio e Emiliana, gerando 6 netos, e 10 bisnetos. O irmão menor, Segismundo, não teve filhos.

Luiz e seu irmão Pablo, bem como seus respectivos primogênitos, Luiz Filho e Paulo Filho, trabalharam e gerenciaram o restaurante Fasano por vários anos (veja artigo abaixo).

Reportagem sobre Fasano e Santoyos(Clique para ampliar)
Imigração Mônica Santoyo
Imigração Segismundo Santoyo
Imigração Josepha Blanco
Imigração Luiz Santoyo
Imigração Pablo (Paulo) Santoyo

Sobre os 'Blanco'

Além dos Santoyo, cuja origem é explicada na página do Nome, vale também mencionarmos sobre as origens dos Blanco, cujo sobrenome de origem espanhola mesmo, ocupa o 29º lugar de sobrenome mais comum neste país, o que torna-se relativamente amplo lá.

Dentre as quase 700.000 pessoas registradas no mundo com este nome, existem pouco mais de 24.000 no Brasil, tornando-se o país com este sobrenome no mundo (antecedido por Cuba, EUA, Argentina, Colômbia, México, Venezuela, e logicamente Espanha), porém pouco popular em nossa terra, ocupando a 756ª posição de frequência de sobrenomes. Além da Espanha, na Venezuela, e Argentina, são nomes relativamente populares, ocupando entre os 30º e 35º lugares de nomes frequentes nestes países.

https://sites.google.com/site/santoyosbrasil/imigracoes/espanholas/Blanco%20Bras%C3%A3o.jpg

O nome Blanco , tomado diretamente do vocabulário castelhano é derivado da palavra germânica “blank” que deriva de “brillante”. O sobrenome tem sua origem em uma característica física ou pessoal atribuída ao seu primeiro portador, como um apelido que identificava uma pessoa de cabelo muito louro ou de pele muito branca ou pálida.

O sobrenome Blanco pertence a uma antiga e nobre linhagem da Montanha de León, na linha de Astúrias e sua antiguidade remonta ao século XIII.